12 de setembro de 2014

Eu assisti Maze Runner!

Certo, sei que o título já deixa muito óbvia sobre o que vai ser essa postagem, mas primeiro queria me desculpar por ter sumido. Já disse no Facebook e repito: eu realmente não sei o motivo. Foi algo que acabou acontecendo e eu preciso pedir desculpas, porque não foi justo. 

Mas enfim, todo mundo que acompanha o blog há algum tempo, ou mesmo os que me acompanham em redes sociais sabem que eu tenho uma paixão por Maze Runner. É a minha saga favorita e eu amo mais do que sorvete. Já fiz resenha do livro, resenha do trailer e agora, a resenha do tão esperado filme. Fato é que eu sou muito, mas muito xereta, e acabei me enfiando (mentira, obrigada ao Felipe Gulyas por ter me convidado) na primeira sessão exclusiva de Maze Runner aqui no Brasil, que aconteceu dia 6 de setembro, muitos dias antes da estreia oficial, dia 18 de setembro

Dispensável dizer que chorei, que gritei e que quase tive um surto psicótico antes de assistir. Chegou um momento em que eu estava já dentro da sala de cinema e não tinha caído a ficha. O nome do filme apareceu na tela e eu ainda não estava acreditando. E prometi a algumas pessoas (oi, Bruno, Vitória, Eduardo, pessoal da Clareira no Facebook!) que faria uma resenha completa e detalhada. Prometo não colocar nenhum spoiler significativo, mas é claro que será inevitável.

A começar pelo dia e local. A Fox realizou a sessão exclusiva em um dos cinemas mais famosos de São Paulo, o Cinemark do shopping Pátio Paulista. É um lugar que vou com uma certa frequência, então não demorou a chegar lá... com duas horas de antecedência e fui obrigada a esperar do lado de fora, no frio, porque o shopping sequer tinha aberto ainda. Mas enfim, a culpa era toda minha e da minha ansiedade mesmo.

Nós ganhamos o ingresso, refrigerante e pipoca de graça. Eu não só fiquei espantada com a pipoca de graça, como os funcionários da Fox e do próprio cinema estavam nos tratando super bem, e qual é... quem fica de bom humor trabalhando às 10h da manhã num sábado, ouvindo um bando de adolescentes malucos gritar? Eu ficaria louca. A Fox foi bastante atenciosa nesse quesito, mas o pessoal estava esperando brindes. Nem que fosse um chaveiro, um bottom, qualquer coisa mesmo. Porque é o que geralmente dão de brinde nas sessões exclusivas. Enfim, não teve, fizeram sorteios de posteres por cadeira e é isso aí.

Para ser sincera, ninguém estava ligando para a sessão em si, a única coisa que queríamos mesmo era ver o filme.  Tanto que a sala de cinema reservada lotou e teve gente que sentou no chão, inclusive o representante da editora V&R, que sentou no chão ao lado da minha cadeira e ficou aguentando meu choro, coitado. Riu da minha cara, claro, mas foi divertido. Ah, e coisa mais linda foi descobrir que os atores principais, Dylan O'Brien, Kaya Scodelario e Will Poulter (por que sempre esquecem do Thomas Sangster?) deixaram um vídeo com um recadinho para os fãs antes de começar o filme. Foi aí que eu chorei bastante.

Sem mais delongas, uma coisa que percebi logo no começo do filme era a fidelidade dos atores. Muitos não gostaram de algumas interpretações, mas o elenco de Maze Runner é um dos mais fiéis aos livros que já vi. Inclusive na aparência dos personagens, que os produtores de outros filmes insistem em ficar mudando (tipo a Annabeth de Percy Jackson, que era para ser loira, coitada). Em Maze Runner, isso não acontece. A Teresa (Kaya Scodelario) sempre foi a escolha máxima dos fãs para dreamcast e eu sinceramente não consigo imaginar mais alguém interpretando-a. Acredito que o único personagem diferente em aparência do livro é o Gally, mas o Will Poulter compensa isso com a atuação dele. Em resumo, não vejo motivos para reclamar da interpretação de ninguém, pelo contrário. Vi meus personagens favoritos na tela, vi todos eles, como se tivessem saído do livro e isso foi incrível.

Logo de início já dá para perceber que eles mudaram, sim, bastante coisa. Não vamos ser hipócritas, vi algumas resenhas dizendo que o filme estava idêntico ao livro, e é mentira. Não está, realmente mudaram bastante coisa. Vou dar o mesmo exemplo que sempre dou porque Maze Runner também é um filme da Fox: Percy Jackson. As mudanças do livro para o filme foram tão grotescas em Percy Jackson que os produtores quase arruinaram (ou arruinaram...) uma saga que teria mais outros quatro livros em adaptação. Eu gosto do filme, não acho que seja ruim, mas em questão de adaptações, ele é péssimo. De qualquer forma, não acontece isso com o filme de Maze Runner porque tudo foi planejado para poder caber nas telas. Foi planejado para ser um sucesso, para que todos entendessem o que estava acontecendo e é claro que algumas coisas foram tiradas ou modificadas. Eu não me incomodei, mas vi gente que ficou realmente brava com algumas mudanças. Quem já leu o livro sabe que ele é bastante complexo em algumas partes, com certeza não daria para colocar toda a informação necessária em 1h30 de filme. Apesar de eu achar que merecia ter 2h. Parece que ficou muito curto, não sei. Talvez seja meu amor de fã que queria mais filme, mas ainda acho que é uma adaptação que merecia 2h. 

Uma das mudanças mais saudáveis e incríveis do filme foi o próprio labirinto. No livro, o labirinto é grande, sim, enorme, mas as paredes só se deslocam para os lados. No filme, não. Eles fizeram plataformas de pedra, fizeram um esquema onde as paredes saíam de tudo quanto é lado. Foi genial. Teve uma hora em que brotava parede do chão, dos lados e de trás. Nunca que eu poderia imaginar um labirinto assim. Sem contar que a imagem inicial dele é idêntica à capa do livro brasileiro, e isso me deixou toda cheia de amores, já que a capa americana é diferente.

Muitas pessoas me pediram para dar minha opinião sincera e crítica, sem levar em conta o lado fã sobre o filme. É um filme bom. Para quem não leu o livro, é um filme relativamente bom. Para quem leu, é ótimo. Mesmo quem estava na platéia e não tinha lido ficou de queixo caído, porque a direção do filme, o Wes Ball, trabalhou de um jeito maravilhoso. É compreensível, enigmático e com certeza deixou muita gente chocada, porque as cenas fortes do livro ficaram ainda mais fortes no filme. As mudanças aconteceram justamente para atrair mais público, o que eu considero muito bom. Os efeitos especiais ficaram fantásticos, considerando o pouco orçamento para um filme tão grande. 

Maze Runner teve um orçamento de apenas 30 Milhões, e tinha mais efeitos especiais do que o esperado. Claro que eles economizaram bastante grana com os cenários, porque basicamente foi tudo filmado em um acampamento de baixo custo, por isso sobrou bastante dinheiro para investir em efeitos. O fato de terem adiado a estreia do filme (que seria lançado em fevereiro) apenas aumentou as expectativas, porque o diretor disse que teria mais tempo em trabalhar nos efeitos, e parece que ele não estava mentindo. Eu costumo ser bastante crítica e atenciosa nos primeiros olhares e não achei qualquer erro em questão de efeitos. Pelo contrário, o trabalho foi ótimo e você realmente se sentia lá. Principalmente no labirinto, nas paredes se movendo, e no laboratório do CRUEL.

O único erro que encontrei foi em uma palavra. Desculpem aos que não gostam, mas os personagens falam muito a palavra "merda" para xingamentos. Mas parece que os roteiristas não prestaram atenção que, no livro, há um motivo para a Clareira ter palavrões próprios. Não é "merda", é "mértila". Isso me incomodou um pouquinho, porque a parte das gírias da Clareira com certeza é uma das favoritas dos fãs. Elas aparecem sim, no filme: fedelho, trolho, cara de mértila, plong. Todas as gírias estão lá, o que me deixou super feliz. 

Em suma, ainda acho que é um dos filmes do ano. Com certeza, na minha opinião, é o melhor filme adolescente deste ano. (Jogos Vorazes que me perdoe...). Algo que comparamos até mesmo na sala de cinema é que Maze Runner acabou superando todas as minhas expectativas e algumas mais. O final do filme é completamente avassalador. Inclusive saiu um vídeo da imprensa, gravaram as reações do cinema durante a cena final e só se ouve a minha voz berrando "meu Deus do céu" porque era a única coisa que eu conseguia gritar mesmo. Conseguiram deixar ainda mais tensas as cenas de tensão do livro, conseguiram me grudar na cadeira de uma forma absurda. O representante da Vergara & Riba inclusive achou que uma das cenas do labirinto ficou mais bem explicada do que no livro. Quem diria isso em vão?



Ah, e uma coisa que achei bastante legal é que a Fox estava com uma câmera pra lá e pra cá filmando as pessoas. Filmaram amigos meus, entrevistaram eles e (CARAMBA, FOX!) me filmaram chorando logo no início do filme. (a cena pode ser vista a partir do minuto 1:23 ali do vídeo de cima) Eu apareço em várias partes dessa gravação aí, chorando, geralmente dando gritos estridentes. Não dava para fazer qualquer outra coisa. Para alguém que esperou quase três anos por esse filme, foi o melhor presente que os fãs poderiam ganhar.

Prova de Fogo, a continuação, já está a caminho, inclusive. O diretor está escalando os atores para fazerem os personagens novos. Eu mandei um tweet para ele, perguntando se poderia fazer a Brenda, mas ele não me respondeu. Peninha :( haha

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